Campanha do Judiciário piauiense contra o assédio inicia nesta terça (02)
Publicado por: Guilherme Torres
O Poder Judiciário do Piauí, por meio da Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Assédio Sexual e à Discriminação do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), inicia hoje (02) uma campanha de orientação e esclarecimento sobre o assédio moral, sexual e discriminação.
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Olímpio José Passos Galvão, destaca que, para combater essas condutas abusivas, é fundamental que sejam adotadas medidas preventivas e punitivas: “Em primeiro lugar, é necessário que as instituições e empresas tenham políticas claras e eficazes de combate ao assédio e à discriminação e que essas políticas sejam divulgadas amplamente entre os servidores e funcionários. Além disso, é importante que haja treinamento constante para que os profissionais saibam como agir em caso de violência”, afirma.

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Para a juíza Maria Luiza de Moura Mello e Freitas, presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Assédio Sexual e à Discriminação do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), o Judiciário piauiense faz a sua parte na prevenção de qualquer atitude abusiva no âmbito do Poder Judiciário do Piauí.
“Assédio moral, sexual e discriminação são condutas abusivas que podem afetar significativamente o rendimento dos profissionais, além de causar danos psicológicos e emocionais graves. Esses problemas são extremamente preocupantes, e é importante que sejam discutidos e combatidos de forma eficaz em todas as esferas da sociedade, inclusive no Judiciário”, frisa a magistrada.
No Brasil, os números são alarmantes: uma pesquisa realizada em 2018 pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) revelou que cerca de 53% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio sexual no trabalho. Além disso, 70% das vítimas de assédio moral são mulheres, e 38% dos casos de discriminação no trabalho têm como alvo pessoas negras.
Em todo o mundo, a situação também é preocupante. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 25% das mulheres e 18% dos homens já sofreram algum tipo de violência no trabalho. Além disso, a OIT estima que a discriminação custa às empresas cerca de US$ 4,5 trilhões por ano em perda de produtividade.
A campanha do Judiciário piauiense segue até o dia 05 de maio.