TJ-PI recebe visita de estudante com doença congênita que sonha em ser magistrada

Publicado por: Victor Bruno

 
 

Nayara Beatriz tem 12 anos e um sonho: o de ser magistrada. O fato de ter deficiência física congênita não parece trazer qualquer impedimento à busca por seu objetivo. E na manhã desta segunda-feira (16), Nayara sentiu um pouco do que é a vida na magistratura, durante uma visita feita ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), quando conheceu o Tribunal Pleno e a 3.ª Vara de Família e Sucessões da comarca de Teresina.

A jovem, que estuda na rede pública municipal e integra o grupo de alunos participantes do Programa Cidade Olímpica Educacional, afirma que tem o sonho de ser juíza de direito desde os seus 11 anos. Para ela, o magistrado tem uma função muito nobre na sociedade. “O juiz confere e preserva o direito das pessoas”, declara.

Nayara e sua mãe, Anikele da Conceição, acompanharam parte da sessão judicial do Pleno, onde pode ver os magistrados de segundo grau em ação durante a discussão de uma das pautas em julgamento. Em homenagem à visita da jovem, o Presidente do TJ-PI, desembargador Sebastião Ribeiro Martins suspendeu temporariamente o julgamento para saudar Nayara. O desembargador estimulou a estudante a perseverar em seus objetivos. “Aqui no Pleno nós temos vários colegas que, como você, estudaram na escola pública. Não desista”, pediu o desembargador, que foi seguido em sua fala por representantes do Ministério Público, da Associação dos Magistrados Piauienses, da Procuradoria-Geral do Estado e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí.

Na sequência, Nayara visitou a juíza titular da 3.ª Vara de Família e Sucessões, a magistrada Keylla Ranyeri Procópio. A menina conheceu de perto o funcionamento da vara, o que realiza um juiz e o que fazem os servidores da unidade. De acordo com a juíza Keylla, Nayara — que considera Língua Portuguesa sua disciplina preferida na escola — já está no caminho certo para a magistratura. “Tudo que fazemos aqui ela já gosta de fazer: interpretação de texto e redação, porque a escrita de uma sentença, por exemplo, não é nada além do que uma redação”, disse a juíza.

“Eu estou muito feliz”, disse a estudante, que agradeceu o convite feito pelo TJ-PI. E para quem recebeu parabéns pela garra e determinação durante toda a manhã, Nayara deixa uma última mensagem: “Eu fui muito bem recebida aqui no TJ-PI. E eu queria parabenizar os juízes e desembargadores por terem uma profissão tão, tão bonita”.

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